Quarta edição do evento promoveu debates sobre ameaças à segurança da sociedade e de negócios. Foto: divulgação

Security Tech Day: como aliar segurança e tecnologia entre digital e físíco?

O Security Tech Day 2025 reuniu mais de 170 pessoas, entre elas lideranças de empresas, profissionais, servidores públicos e interessados pela temática de segurança, em um dia dedicado às discussões sobre os avanços da digitalização e, consequentemente, a evolução das ameaças que expõem a sociedade e negócios a riscos ciberfísicos. O evento apresentou palestras, painéis, além de soluções em uma feira.

A quarta edição do evento de tecnologia e inovação para segurança realizado pela Vertical Security Tech da ACATE aconteceu no CIA Passeio Sapiens, em Florianópolis, com cerca de nove horas de programação de conteúdos e networking na última quinta-feira (26).

Fabio Brodbeck, diretor da Vertical, celebrou a abertura e destacou o propósito do evento: “O Security Tech Day busca integrar e promover soluções de segurança, compartilhando com o público a expertise do grupo de empresas de tecnologia associadas à ACATE que atuam nesse segmento. Desde 2009, acompanhamos as mudanças de um mercado dinâmico e complexo e desenvolvemos inovações para a proteção patrimonial, pública, física e cibernética”.

Um dos palestrantes desta edição, o senador Esperidião Amin também apontou a importância do setor de tecnologia catarinense pensar o futuro da segurança no Brasil, tendo como prioridade o incentivo à capacitação no segmento. Amin, que também preside a Frente Parlamentar de Defesa Cibernética, ainda refletiu sobre o surgimento de novas ameaças e a necessidade das empresas desenvolverem métodos próprios para proteção. “Segurança agora não é um sujeito robusto e uniformizado – que é necessário para crimes pré-existentes. Para os que vamos vivenciar, que podem desestabilizar nossos negócios e sequestrar coisas, não podemos terceirizar nossa segurança”, afirmou.

Em outra palestra do Security Tech Day 2025, Bruno Dias, cofundador e consultor da Key Operational Insights (K.O.I), abordou a tecnologia no contexto de eventos violentos que aconteceram em escolas e alertou sobre a exposição de jovens a conteúdos negativos na internet. “Temos que mudar a forma como a tecnologia é utilizada para violência predatória e direcionada. Tecnologia pode ser usada como uma força positiva para desenvolver estudos de impacto, moderação, cobertura jornalística responsável, análises de causa raiz e implementação de avaliação comportamental de ameaças”, explica.

Para o melhor uso da tecnologia, visando a uma segurança ciberfísica, também foi apontada a importância da promoção do letramento e da conscientização do ambiente digital como uma responsabilidade compartilhada entre governo, sociedade e setor privado – tema que foi pauta de painel com a participação de Jorge Werner, analista de Segurança da Informação da FIESC, Roberto Bento, secretário de Gestão Eletrônica da Prefeitura de Garopaba, Elias Edenis, especialista em Crimes Cibernéticos da Cybertips Treinamentos, e Alan Bittencourt, comandante da Polícia Militar em Garopaba.

O encontro também proporcionou ao público acesso a uma feira de negócios com a presença de empresas de tecnologia e parceiros do evento que demonstraram soluções. Esta edição do Security Tech Day contou com o patrocínio Platinum da NGXit. Foram patrocinadores Ouro: ConnectionDell TechnologiesIntelWindows 11 e Qi Network. Já na categoria Ouro, a Corpia e a Conformitá patrocinaram o evento.

A próxima edição do Security Tech Day está prevista para final do primeiro semestre de 2026. Empresas interessadas em apoiar o evento podem entrar em contato pelo e-mail: seguranca@acate.com.br

Confira alguns destaques das palestras e painéis do Security Tech Day 2025:

Segurança e negócios

A programação de conteúdos do Security Tech Day 2025 também tratou sobre temas relevantes para negócios de diferentes setores, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), recuperação de desastres e gestão de emergências, detecção de fraudes e resposta a incidentes, além de tendências relacionadas à Inteligência Artificial (IA).

Um dos painéis analisou como empresas podem se preparar para o futuro Marco Legal da IA, projeto de lei que está em tramitação no Congresso Nacional e “dispõe sobre o desenvolvimento, o fomento e o uso ético e responsável da IA com base na centralidade da pessoa humana” (PL233823). Para o painelista Reges Bronzatti, advogado especialista em Direito Digital da Guiar Consultoria Juridica em TI, a evolução dessa tecnologia no Brasil está ligada à conformidade com a LGPD: “A Lei Geral de Proteção de Dados nos ensinou nos últimos anos que é uma preparação para o Marco Legal da IA. Hoje, vemos no mercado as organizações ainda lutando para proteger dados pessoais. O insumo principal da IA são dados, então, se não está sendo feito nada para se adaptar a uma legislação existente e para preparar os dados para a próxima onda da IA, significa que no Brasil teremos problemas de competitividade neste mercado”.

A adequação à LGPD também foi tema da palestra de Luiz Gava, DPO da empresa pública de TI de Porto Alegre, a Procempa, que apresentou desafios relacionados à segurança de informações pessoais no âmbito do segmento da saúde.

Já em outro painel foram debatidos os riscos existentes no setor financeiro e como as empresas podem mitigá-los. De acordo com William Tavares, CTO da NGXit, “é preciso ter a sinergia de um comitê multidisciplinar responsável pelo processo antifraude, além de uma estrutura que torne a companhia responsável e resiliente a fraudes. Não vão ser tomadas boas decisões se não houver a área de fraude trabalhando em conjunto com as áreas de cyber, negócio, governança financeira, jurídico e outros interlocutores”.

O combate a fraudes ainda foi tratado durante o evento sob a perspectiva da investigação corporativa. Os painelistas Arthur de Oliveira Reis, presidente do SecOps Summit, Annibal Sartori, sócio-consultor do Núcleo de Consultoria em Segurança, André Costa, sócio-fundador na Shield Compliance, e Airton Feleciano Junior, gerente de cibersegurança do Banco BMP, compartilharam estratégias para detecção de operações fraudulentas e resposta estratégica.

Com o objetivo de compartilhar experiências acerca da gestão de emergências e recuperação após incidentes, o Security Tech Day também recebeu Edgar Nogueira, COO da Fraport, em uma palestra que relembrou a catástrofe que assolou o estado do Rio Grande do Sul em maio de 2024. Nogueira detalhou os impactos sofridos pelo Aeroporto Internacional Salgado Filho e as ações tomadas para segurança das pessoas e do espaço.

Vertical Security Tech da ACATE

A Vertical Security Tech é composta por empresas de tecnologia que atuam no desenvolvimento e comercialização de soluções para o segmento de segurança (patrimonial, pública, privada, da informação e outras). O grupo reúne empresas com soluções para segurança de dados, em áreas de monitoramento de imagens e alarmes, softwares e hardwares que auxiliam no controle de acesso a estabelecimentos, automação inteligente, reconhecimento facial e proteção cibernética.

Saiba mais sobre a Vertical Security Tech.

Central de Conteúdo

Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

+55 11 94040-5356 / rede@brasilinovador.com.br

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