Ministério do Turismo destinará mais R$ 100 milhões ao RS via Fungetur
O turismo é uma das áreas da economia do Rio Grande do Sul mais afetadas pela calamidade climática. Em reunião realizada na manhã desta sexta, 26 de julho, na sede do Ministério da Reconstrução, em Porto Alegre, o ministro Paulo Pimenta, o secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi, e o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimento no Turismo, Carlos Henrique Menezes Sobral, receberam demandas sobre a aplicação dos recursos do Novo Fundo Geral de Turismo – Fungetur. Há a solicitação de um aporte de mais R$ 100 milhões para o setor, o que será concretizado com recursos da pasta do Turismo.
O Turismo é essencial para a economia do estado. O Governo Federal tem alocado recursos e está à disposição para ouvir as demandas”
Paulo Pimenta, ministro do Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul
“O Turismo é essencial para a economia do estado. O Governo Federal tem alocado recursos e está à disposição para ouvir as demandas”, destaca o ministro Paulo Pimenta. O Governo Federal já disponibilizou R$ 100 milhões em crédito ao turismo gaúcho, dos quais R$ 37 milhões já chegaram aos clientes. Os representantes do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e Badesul, que realizam as operações, estavam presentes na reunião e explicaram que há demanda para mais R$ 100 milhões.
“O pedido é para que o recurso possa ser disponibilizado para os municípios de todo estado, e não apenas para aqueles que se encontram em calamidade pública, reconhecida pelo Governo Federal”, explica Carlos Sobral. O secretário Milton Zuanazzi salienta que a liberação dos valores deve ocorrer o quanto antes: “Há uma reivindicação para quem perdeu faturamento. O turismo tem muita gente fora da calamidade pública, caso de municípios da Serra Gaúcha”, completa Zuanazzi.
O encontro contou com a presença do presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes da Serra Gaúcha (SindTur), Cláudio Souza, do presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, Ranolfo Vieira Junior, do gerente operações do BRDE, Paulo Raffin e de representantes do Badesul: o diretor de operações, Flavio Lammel, diretor de operações do setor público, Kalil Sehbe Neto, diretor jurídico, Maurício Dziedricki e a superintendência de planejamento, Renata Freire Pinto.
Os interessados em acessar o Fungetur, operado com verbas do Ministério do Turismo e que contempla preferencialmente micro, pequenas e médias empresas, devem estar inscritos no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos). A relação de beneficiários inclui meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos.
Também poderão contar com os benefícios os seguintes tipos de estabelecimento, desde que registrados no Cadastur: restaurantes, cafeterias, bares e similares; centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a exposições e similares; parques temáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva.
A lista pode incluir, ainda, casas de espetáculos e equipamentos de animação turística; organizadores, promotores e prestadores de serviços de infraestrutura, locação de equipamentos e montadoras de feiras de negócios, exposições e eventos; locadoras de veículos a turistas e prestadores de serviços especializados na realização e promoção das diversas modalidades dos segmentos turísticos, abrangendo atrações turísticas e empresas de planejamento, bem como a prática de suas atividades.
ACESSO — O Fungetur é operado no Rio Grande do Sul por agentes financeiros credenciados como a Agência de Fomento do Estado (Badesul), entre outros. O Fundo permite obter financiamentos até R$ 15 milhões, com juros de até 5% de spread mais o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses. Para acessar o Fungetur, basta procurar uma das instituições financeiras habilitadas, às quais cabe analisar os pedidos e liberar os recursos.